Teatros Romano


(Recriação artística do Teatro de Pompeu 55 a.C)











Continuando nossa saga histórica por lugares interessantes, vamos pousar numa "instituição" bastante peculiar do Império Romano. Os seus teatros a céu aberto.

Não é novidade nenhuma a política do "Pão e Circo" que mais na frente viria a popularizar os hoje tão conhecidos Coliseus, mas mesmo antes daquele problema de migração de alguns camponeses para as cidades Romanas, onde os povos do interior iam buscar as cidades para melhores condições de vida, o que gerou um grande problema de administração pois a cidade estava super lotada, daí que surgiu a velha expressão política do Pão e Circo, pois os governantes convidavam a população pra o "circo", o Coliseu, para se divertir com os Gladiadores, e davam-lhes comida, fazendo com que o povo esquecesse de outros problemas.

Mas mesmo antes dos Coliseus, na época de Pompeu Magno, o governo também se preocupara com a diversão, lógico que com o enfoque mais para o Imperador e sua "casa". Foi por parte de Pompeu que veio a primeira grande construção de um teatro, que até então era intinerante e feito de madeira, quando se acabava a apresentação sedesmontava i rumava para outro lugar. Este Teatro data de 55 a.C.

O Império Romano na sua vastidão de território leva também sua cultura para várias partes da Europa, Ásia, África. Para que se tenha uma compreensão do que foi o Império Romano do Ocidente, nos seus tempos áureos, ele correspondia a toda costa do Mediterrâneo, incluindo as áreas euroéias, asiática, africanas. Com essa vastidão, essas construções romanas fortemente influenciadas pela cultura Grega (expressão Greco-Romana), foram difundidas por todo Império.
Nos teatros eram encenadas principalmente peças gregas, e as construções obedeciam a um padrão.

  • Scenae frons (frente do cenário, do palco), normalmente composto de uma dupla linha de colunas.
  • Orchestra, semi-círculo diante do proscênio, onde se sentavam as autoridades.
  • Aditus, corredores laterais para entrada na orchestra.
  • Cavea, estrutura semi-circular onde, segundo a escala social, sentavam-se os espectadores. Era sub-dividido em: ima cavea, media cavea e summa cavea.
  • Vomitoria: Entradas abobodadas por onde se acessava à cavea.
  • Proscaenium (proscênio), espaço diante do palco onde se desenrolava a ação dramática.
  • Porticus post scaenam (Pórtico detrás do cenário), espécie de pátio com colunas, detrás do cenário ou palco.


Acima o Teatro de Marcelo, que foi construido pelo Imperador Gaio Julio César, ele foi uma homenagem a marco Cláudio Marcelo, filho de Octávia, irmã de octávio Augusto qeu futuramente viria a ser Imperador. Julio César mandou construir para rivalizar com o de Pompeu. Para ficar mais por dentro dessa disputa pesquise sobre a guerra civíl que dividiu a população romana, durante a república, essa guerra marcou a passagem para a época dos Imperadores. Só por curiosidade Marcelo morreu 5 anos antes da conclusão do teatro construido em sua homenagem...

Também é bom lembrar que os teatros era construidos para os deuses pessoais de cada Imperador, não esqueça que o cristianismo só se torna religião oficial do Império muito tempo depois com Constantino (Vide Post Anterior mais em baixo sobre Constantinopla).





(Teatro de Óstia, na época fazia parte da costa da cidade de Roma.)

















(Teatro de Pompeia, atual Província de Nápoles.)
























(Teatro de Spoleto)







10 descobertas arqueológicas em locais estranhos





Arqueólogos normalmente sabem o que pode ser encontrado e onde pode ser encontrado. Se você está no Egito, por exemplo, deve poder encontrar uma pirâmide ou duas. Mas encontrar os restos do Rei Ricardo em um estacionamento, em Leicester? Não é o tipo de coisa que você ouve com frequência, com certeza. Conheça essa e outras descobertas feitas em locais incomuns

9. Escola de gladiadores romanos na Áustria

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O local de escavação de Givaty. Foto: Pierre Klochendler/IPS

Jerusalém, Israel, 15/8/2012 – “Este é o palácio do rei David”, afirma com segurança um guia de turismo israelense, ignorando a informação de um cartaz na entrada do sítio arqueológico, menos contundente a respeito. Abre a Bíblia e lê 2 Samuel 6:16: “Quando a Arca de Jeová chegava à cidade de David…”. “Tudo está de acordo com as descrições bíblicas”, disse maravilhado Amir Brightman, guarda de segurança israelense que acompanha os turistas. “Me sinto tão conectado…”, afirmou, após terminar este versículo do segundo Livro de Samuel.
O sítio bíblico da Cidade de David se localiza no coração do distrito palestino de Silwan, ao pé da amuralhada Cidade Velha de Jerusalém. Bem próximo fica o sítio de escavação arqueológica de Givaty. Nos últimos cinco anos, o antigo parque de estacionamento que havia ali foi dando lugar a um ambicioso projeto arqueológico israelense, que não se limita a Jerusalém e inclui escavações em outras partes do país.
Porém, o projeto é polêmico. Além de criticar o fato de a Bíblia ainda ser considerada o guia arqueológico por excelência, os palestinos insistem em afirmar que a intenção de Israel de trazer à luz a antiga Jerusalém é simplesmente reivindicar a herança judia da cidade. “Os visitantes chegam à Cidade de David sem mesmo se darem conta de que moramos aqui”, protestou Ahmad Qaraein, que vive em um prédio de três andares com vista panorâmica para o sítio de Givaty. Sua família reside no lugar há várias gerações.
Como muitos palestinos, Qaraein acredita que Israel escava em Jerusalém não tanto por interesse arqueológico, mas para reclamar o legado judeu da cidade. “Não foi só o rei David que viveu aqui. Ignoraram um cemitério islâmico de 1.200 anos encontrado na parte superior”, afirmou. A acusação é rechaçada pelo arqueólogo Doron Ben-Ami, da Autoridade de Antiguidades de Israel. “A arqueologia é uma profissão destrutiva. Se desmantela níveis para deixar a descoberto outros mais antigos. Além disso, não necessariamente todos os sítios proporcionam algo. Mas, como Jerusalém é um lugar sensível, decidimos preservar seções de cada período histórico”, explicou.
Ben-Ami supervisiona a escavação de Givaty. “Aqui começou Jerusalém, e aí se pode ver o último período (o muçulmano), sobre o período bizantino, o romano e os do segundo e primeiro templos” judeus, acrescentou. O arqueólogo mostra à IPS uma série de estruturas, mosaicos, colunas, muros e camada sobrepostas. “O período cananeu”, continuou explicando Ben-Ami, enquanto apontava para várias escavações, “milhares de anos antes do rei David, até a primeira Idade do Bronze. Quando aparece a rocha sólida, termina a arqueologia e começa a geologia. E a política também entra em cena”.
Há algo em que israelenses e palestinos concordam: a batalha pela soberania de Jerusalém é a pedra fundamental de seu conflito. Os palestinos querem que Jerusalém oriental se converta na capital de seu futuro Estado. “Esta casa fica na Palestina”, diz um grafite pintado perto do sítio de Givaty. “Silwan é nosso lar, e Jerusalém é nossa terra, nossa história”, destacou Qaraein. As 88 casas palestinas da área receberam ordens de demolição sob o argumento de estarem ilegalmente construídas, incluindo o prédio onde vive Qaraein. “Desde 1997 pagamos grandes multas anuais para adiar a demolição”, contou.
Os palestinos dizem que as autoridades israelenses concedem pouquíssimas autorizações de construção. “As pedras são mais importantes do que os seres vivos”, disse um triste Qaraein, acrescentando que as escavações arqueológicas afetam a estrutura de vários edifícios. Há três anos uma escola desmoronou parcialmente, ferindo 17 estudantes. Os moradores responsabilizaram por esse desastre os túneis arqueológicos que atravessam Silwan.
A zona de escavação de Givaty está cheia de atividade. Estudantes de arqueologia e voluntários cavam e retiram o pó, fazem cadeias com baldes para transportar terra ou artefatos antigos encontrados, que informam sobre uma longa história de conquistas e reconquistas, de “guerras santas” e cruzadas. Nos últimos dois mil anos Jerusalém foi capturada 13 vezes. Para Qaraein, existe apenas uma potência ocupante. Os turcos, os britânicos e os jordanianos, todos partiram e nós ficamos. Israel também irá”, previu. “Vivemos sob ocupação israelense desde 1967. E desde 1991 até hoje vivemos uma segunda ocupação, a dos colonos” judeus, ressaltou.
O sítio é administrado pela Elad, uma associação israelense ultradireitista dedicada a financiar escavações em lugares de valor histórico para os judeus, bem como a construção de colônias em Jerusalém oriental. Cerca de 400 colonos vivem no local, em meio a cinco mil palestinos, e por isso a tensão é grande. Qaraein foi baleado duas vezes na perna por um colono que ainda é seu vizinho. “A Elad é um estado dentro do Estado. Assume todos os direitos e ninguém a detém”, destacou. Ele é categórico. As escavações na Cidade de David são parte de um plano para expulsar os palestinos de Jerusalém. “Não nos querem”, lamentou Qaraein.
“Estamos no centro de um conflito político”, disse Yonatan Mizrahi, que organiza visitas turísticas guiadas. “Como devemos chamar o lugar, Cidade de David ou Silwan?”, pergunta. Mizrahi, arqueólogo e ativista da organização não governamental Emek Shaveh, dedicada a explorar “o papel da arqueologia no conflito palestino-israelense”, afirma que essa disciplina está sendo usada pelo Estado judeu “para justificar e legitimizar o controle de Israel sobre Jerusalém oriental, inclusive em um futuro acordo. Se os arqueólogos colocarem um cartaz dizendo ‘bem-vindos ao palácio do rei David’, isto permitirá aos israelenses afirmar que Jerusalém oriental lhes pertence por história”, pontuou.
“A arqueologia revela civilizações e mudanças de civilizações. Como pode este sítio pertencer exclusivamente a uma nação? Entre o passado e o presente, o que é mais importante? Camadas arqueológicas do Século 7 antes de Cristo ou os povos de hoje?”, questionou Mizrachi. “Jerusalém não é apenas judia. Por outro lado, tampouco se pode negar que Jerusalém nunca foi judia. Este é o dilema”, indicou.
No entanto, o arqueólogo Ben-Ami insiste que seu trabalho é imparcial e não tem motivos políticos. “Vejo o sítio como algo puramente profissional. Sejam estruturas grandes ou pequenas, de períodos muito antigos ou mais próximos de nós, respeito tudo o que encontro”, afirmou. Entre a arqueologia e a política, entre o passado e o presente, tanto israelenses quanto palestinos sabem muito bem que as antigas batalhas por Jerusalém têm muito valor hoje

O túnel secreto de Jerusalém

Relíquia da arqueologia, através dele judeus escaparam dos romanos no ano 70 d.C.

O túnel secreto de Jerusalém
PISCINÃO Vital na infra-estrutura da antiga Jerusalém, ele canalizava a água das chuvas para o Mar Morto
A intenção dos arqueólogos israelenses que realizavam escavações na cidade de David, na parte antiga de Jerusalém, era apenas a de chegar aos vestígios daquilo que, há cerca de dois mil anos, poderia ter sido sua rua principal, antes da invasão romana. O que os pesquisadores acidentalmente encontraram, no entanto, está sendo considerado uma das mais recentes raridades da arqueologia: um extenso túnel subterrâneo que data dos tempos de Jesus e através do qual, provavelmente, ele andou. Construído no subsolo dessa rua, imagina- se que esse túnel, funcionando como uma passagem secreta, serviu também para que milhares de judeus se escondessem e fugissem do cerco estratégico de Jerusalém pelos romanos no ano 70 d.C.
Além de ter possibilitado a fuga de muitos judeus, os arqueólogos consideram que o túnel recém-descoberto tinha uma importância vital na infraestrutura urbana de Jerusalém. Motivo: ele servia como um canal que escoava a água das abundantes chuvas que caíam na cidade até o Mar Morto, evitando, assim, as devastadoras inundações que sempre traziam doenças e mortes. Os seus primeiros 100 metros já localizados se iniciam no lago de Shiloah, uma das principais referências da parte sul da velha Jerusalém, e chegam a dez metros do Muro das Lamentações, fazendo nesse ponto uma curva à esquerda. Os arqueólogos estimam, porém, que a sua extensão seja muito maior. Além das dimensões, chamou a atenção também o seu bom estado de conservação. “O túnel está muito bem preservado”, explica Eli Shukron, arqueólogo do Instituto de Antigüidades de Israel.
Durante anos sob escombros pesados, que também sustentaram a pavimentação da rua, grande parte dessa passagem manteve-se intacta. Ela foi toda construída em pedras resistentes que chegavam a cerca de um metro de comprimento. Em alguns pontos, o túnel atinge um metro de largura e outros três de altura, o que permite boa circulação de pessoas pelo seu interior. Nas escavações, os arqueólogos também encontraram fragmentos de vasilhas e moedas que remontam à época de Jesus e que podem ter sido abandonadas pelos judeus, além de lamparinas de azeite que provavelmente serviam para iluminar caminhos de fuga. Essa descoberta histórica, divulgada na semana passada, é de extrema importância porque permitirá, na opinião de Shukron, “aumentar nossos conhecimentos sobre o cotidiano da Jerusalém daquela época”.



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